segunda-feira, 10 de junho de 2013

Deficiência de Iodo

 
Dezenas de milhões de crianças são afetadas pela deficiência de iodo em mais de 100 países. Entretanto, o Programa de Combate aos Distúrbios por Deficiência de Iodo no Brasil é uma das ações mais bem sucedidas no combate aos distúrbios por deficiência de micronutrientes e tem sido reconhecido pelos organismos internacionais pela sua condução e resultado obtido na eliminação do bócio endêmico no país (BRASIL, 2012d).
 
O iodo é um micronutriente essencial para o crescimento e o desenvolvimento do corpo humano por: promover o crescimento e o desenvolvimento normal do organismo; contribuir para a saúde, mantendo em equilíbrio as funções do organismo; melhorar a resistência às infecções, bem como a capacidade física e mental.
 
Ele é utilizado na síntese dos hormônios tireoidianos (hormônios produzidos pela tireoide, uma glândula que se localiza na base frontal do pescoço): a triiodotironina (T4) e a tiroxina (T3). Estes hormônios têm dois importantes papéis: atuam no crescimento físico e neurológico e na manutenção do fluxo normal de energia (metabolismo basal, principalmente na manutenção do calor do corpo).
 
 
 
Os Distúrbios por Deficiência de Iodo (DDI) são fenômenos naturais e permanentes, que estão amplamente distribuídos em várias regiões do mundo. Populações que vivem em áreas deficientes em iodo sempre terão o risco de apresentar os distúrbios causados por esta deficiência, cujo impacto sobre os níveis de desenvolvimento humano, social e econômico são muito graves.
 
 
A deficiência de iodo pode causar cretinismo em crianças (retardo mental grave e irreversível), surdo-mudez, anomalias congênita, bem como a manifestação clínica mais visível – bócio (hipertrofia da glândula tireoide). Além disso, a má nutrição de iodo está relacionada com altas taxas de natimortos e nascimento de crianças com baixo peso, problemas no período gestacional, aumento do risco de abortos e mortalidade materna.
 
As causas da deficiência de iodo são: o consumo de alimentos oriundos de solo pobre em iodo e o uso de sal não iodado na alimentação. Os principais alimentos ricos em iodo são os alimentos de origem marinha (ostras, moluscos e outros mariscos e peixes de água salgada); leite e ovos, desde que oriundos de animais que tenham pastado em solos ricos em Iodo ou que foram alimentados com rações que continham o nutriente; e vegetais oriundos de solos ricos em iodo (BRASIL, 2012d). Como uma estratégia para suprir a necessidade de iodo pelas populações, diversos países adotam a iodação do sal para consumo humano (sal de cozinha).
 
Embora não se deva consumir
sal em excesso, porque ele pode trazer prejuízos para a saúde, o seu consumo moderado e diário é essencial para que a necessidade de iodo seja suprida. Não usar sal iodado (sal enriquecido com iodo) ou usar o sal para consumo animal (cujo teor de iodo não atende às necessidades do homem) pode ocasionar os DDIs (BRASIL, 2012d).
 
Com o objetivo de intervir nos DDIs, foi criado o Programa Nacional para Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo - Pró-Iodo - coordenado pelo Ministério da Saúde, em parceria com outros órgãos e entidades. Com base nas seguintes linhas de ação, destina-se à: monitorar o teor de iodo do sal para consumo humano; monitorar o impacto da iodação do sal na saúde da população; atualizar os parâmetros legais dos teores de iodo do sal destinado ao consumo humano; e implementar estratégias de informação, educação, comunicação e mobilização social (BRASIL, 2012e).
 
Informações adicionais sobre o Programa Nacional para Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo - Pró- Iodo estão disponíveis no site da CGAN.
 
 
ACESSE: http://nutricao.saude.gov.br/iodo_programa.php#apresentacao

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