quarta-feira, 14 de novembro de 2012

 
Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo porém, quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde como por exemplo o excesso de sono no estágio inicial, problemas de cansaço e problemas físicos-táticos em efetuar as tarefas desejadas. Quando não tratada adequadamente, podem ocorrer complicações como Ataque cardíaco, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas na visão, amputação do pé e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações.
Embora ainda não haja uma cura definitiva para a/o diabetes (a palavra tanto pode ser feminina como masculina), há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador.
Diabetes é uma doença bastante comum no mundo, especialmente na América do Norte e norte da Europa, acometendo cerca de 7,6% da população adulta entre 30 e 69 anos e 0,3% das gestantes. Alterações da tolerância à glicose são observadas em 12% dos indivíduos adultos e em 7% das grávidas. Porém estima-se que cerca de 50% dos portadores de diabetes desconhecem o diagnóstico. Segundo uma projeção internacional, com o aumento do sedentarismo, obesidade e envelhecimento da população o número de pessoas com diabetes no mundo vai aumentar em mais de 50%, passando de 380 milhões em 2025.
O desencadeamento de diabetes tipo 1 é geralmente repentino e dramático e pode incluir sintomas como:
  • Sede excessiva
  • Rápida perda de peso
  • Fome exagerada
  • Cansaço inexplicável
  • Muita vontade de urinar
  • Má cicatrização
  • Visão embaçada
  • Falta de interesse e de concentração
  • Vômitos e dores estomacais, frequentemente diagnosticados como gripe.
Os mesmos sintomas acima podem também ocorrer em pessoas com diabetes tipo 2, mas geralmente são menos evidentes. Em crianças com diabetes tipo 2, estes sintomas podem ser moderados ou até mesmo ausentes.
No caso do diabetes tipo 1, estes sintomas surgem de forma abrupta e às vezes podem demorar a ser identificados. Já no diabetes tipo 2, esses sintomas podem ser mais moderados ou até mesmo inexistentes.
Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o diabetes tipo 1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença, mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Outro dado é que, no geral, o diabetes tipo 1 é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.
 
O diabetes exige alguns cuidados que são para o resto da vida, tanto para o paciente, quanto para a família. Ambos precisam tomar uma série de decisões relacionadas ao tratamento do diabetes: medir a glicemia, tomar medicamentos, exercitar-se regularmente e ajustar os hábitos alimentares. Além disso, pode ser necessário apoio psicológico. Como as consequências do tratamento são baseadas nas decisões tomadas, é de extrema importância que as pessoas com diabetes recebam educação de qualidade, ajustada às necessidades e fornecidas por profissionais de saúde qualificados.
Sem a educação em diabetes, os pacientes estão menos preparados para tomar decisões baseadas em informação, fazer mudanças de comportamento, lidar com os aspectos psicossociais e, por fim, não estar equipado o suficiente para fazer um bom tratamento. O mau controle resulta em prejuízo para a saúde e em uma grande probabilidade de desenvolver complicações.
O papel dos educadores em diabetes é essencial, juntamente com a equipe multidisciplinar. O educador faz com que a pessoa com diabetes monitore sua saúde com escolhas e ações baseadas em julgamento vindo da informação.
A maioria dos pacientes não tem acesso à educação em diabetes, devido a fatores como custo, distância e falta de serviços apropriados. Algumas nem sabem dos serviços existentes ou não estão convencidas dos benefícios que a educação em diabetes pode trazer. Esses pacientes podem achar, por exemplo, que a interação com o médico fornece toda a educação de que precisam. A campanha do Dia Mundial do Diabetes vai promover a importância dos programas estruturados de educação em diabetes como a chave para a prevenção e o controle, além de defender mais oportunidades para inserir educação em diabetes junto aos sistemas de cuidados em saúde e às comunidades.
Está faltando educação em diabetes especialmente nos países em desenvolvimento. Mesmo nos países desenvolvidos, muitas pessoas não conseguem ter acesso a ela porque não há educadores e centros em número suficiente para atender o número crescente de novos casos.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

 
Vitamina A Mais - Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A - é um programa do Ministério da Saúde, com apoio dos Estados, que busca reduzir e erradicar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de seis a cinqüenta e nove meses de idade e mulheres no pós - parto imediato (antes da alta hospitalar), residentes em regiões consideradas de risco. No Brasil, são consideradas áreas de risco a região Nordeste, Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais e Vale do Ribeira em São Paulo.  
Dentre as medidas de prevenção da deficiência da Vitamina A, destacam-se:
- Promoção do aleitamento materno exclusivo até o 6º mês e complementar até 2 anos de idade, pelo menos;
- Garantia da suplementação periódica e regular das crianças de 6 a 59 meses de idade, com doses maciças de vitamina A distribuídas pelo Ministério da Saúde;
- Garantia da suplementação com megadoses de vitamina A para puérperas no pós - parto imediato, antes da alta hospitalar e;
- Promoção da alimentação saudável , assegurando informações para incentivar o consumo de alimentos ricos em vitamina A pela população.  
Os objetivos do programa são:
- Garantir a eliminação da deficiência de vitamina A como um problema de saúde pública em áreas de risco no Brasil;
- Assegurar a suplementação com doses maciças de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós - parto imediato (antes da alta hospitalar), residentes nas áreas de risco;
- Contribuir para o conhecimento das famílias residentes em áreas de risco sobre a deficiência de vitamina A, incentivando o aumento do consumo de alimentos ricos em vitamina A;
- Estabelecer um sistema de monitoramento que permita a avaliação do processo e impacto da suplementação.  
A vitamina A é um micronutriente que pode ser encontrado em alimentos de origem animal (leite materno, leite integral, fígado), frutas e legumes de cor amarelo - alaranjado (manga, mamão, cenoura e abóbora), verduras verde-escuras (caruru, bertalha, couve), além de óleos e frutas oleaginosas (buriti, pupunha, dendê e pequi).Nos vegetais e nas frutas, a substância chamada carotenóide, é transformada em vitamina A no organismo humano.  
Todas as pessoas necessitam de vitamina A para proteger sua saúde e visão. Porém, alguns grupos populacionais, pelas características da fase da vida em que se encontram, necessitam de atenção especial porque são mais vulneráveis à deficiência de vitamina A:
- As mulheres que amamentam (puérperas) necessitam de mais vitamina A para manter a sua saúde e também para garantir que o leite materno tenha um conteúdo adequado do nutriente para atender às necessidades do bebê;
- Crianças que passam a receber outros alimentos, além do leite materno, a partir do 6º mês, precisam de quantidades adequadas da vitamina, pois ela é essencial para o crescimento e desenvolvimento saudáveis.  
A vitamina A ajude a proteger nossa saúde e visão de diversas maneiras:
- Reduz a gravidade das infecções: a vitamina A ajuda a diminuir a gravidade de muitas infecções, tais como diarréia e infecções respiratórias, possibilitando uma recuperação mais rápida;
- Aumenta as chances de sobrevivência: crianças que recebem a vitamina A têm maior probabilidade de sobreviver a uma infecção;
- Crescimento: a Vitamina A é necessária para o processo de crescimento. Especialmente para as crianças, que crescem rapidamente, e para as mulheres grávidas, para permitir o crescimento do feto;
- Visão e olhos: a Vitamina A é vital para o bom funcionamento dos olhos. A parte transparente do olho, a córnea, através da qual vemos, é protegida pela vitamina A. A falta desta vitamina pode gerar dificuldades de se enxergar em lugares com luz fraca, causar alterações oculares levando até mesmo à cegueira total.  
 
O que é a deficiência de vitamina A:
O corpo não pode fabricar vitamina A. Portanto, toda a vitamina A de que necessitamos deve provir dos alimentos. O corpo pode armazenar vitamina A no fígado, garantindo uma reserva do micronutriente, que o corpo vai utilizando na medida de sua necessidade. Se essa reserva está reduzida e não ingerimos alimentos que contêm vitamina A suficiente para satisfazer as necessidades nutricionais do nosso corpo, ocorre a deficiência de vitamina A.
Alguns fatores merecem investigação, pois podem evidenciar a deficiência da vitamina:

- Criança com dificuldade para enxergar à noite (cegueira noturna);
- Presença de alguma alteração ocular sugestiva de xeroftalmia;
- Ocorrência frequente de diarréia e infecção respiratória;
- Crianças com desnutrição energético-proteica.   
O diagnóstico da Deficiência de Vitamina A só pode ser confirmado por profissionais de saúde pois muitos dos sinais são comuns a outras doenças como pele seca e fadiga, embora outros sejam mais característicos da Hipovitaminose A:

- Um dos epitélios severamente afetado é o do revestimento ocular, levando à xeroftalmia. A xeroftalmia é o nome genérico dado aos diversos sinais e sintomas oculares da hipovitaminose A. A forma clínica mais precoce da xeroftalmia é a cegueira noturna onde a criança não consegue boa adaptação visual em ambientes pouco iluminados; manifestações mais acentuadas da xeroftalmia são a mancha de Bitot, normalmente localizada na parte exposta da conjuntiva, e a xerose; nos estágios mais avançados a córnea também está afetada constituindo a xerose corneal, caracterizada pela perda do brilho assumindo aspecto granular, e ulceração da córnea; a ulceração progressiva ode levar à necrose e destruição do globo ocular provocando a cegueira irreversível, o que é chamado de ceratomalácia.
- Infecções frequentes podem indicar carência, pois a falta de Vitamina A reduz a capacidade do organismo de se defender das doenças.   
A deficiência de Vitamina A pode ser causada por:

- Falta de amamentação ou desmame precoce: o leite materno é rico em vitamina A e é o alimento ideal para crianças até seis meses de idade;
- Consumo insuficiente de alimentos ricos em vitamina A;
- Consumo insuficiente de alimentos que contêm gordura: o organismo humano necessita de uma quantidade de gordura proveniente dos alimentos para manter diversas funções essenciais ao seu bom funcionamento. Uma delas é permitir a absorção de algumas vitaminas, chamadas lipossolúveis (Vitaminas A, D, E e K);
- Infecções frequentes: as infecções que acometem as crianças levam a uma diminuição do apetite: a criança passa a ingerir menos alimentos podendo surgir uma deficiência de Vitamina A. Além disso, a infecção fazcom que as necessidades orgânicas de Vitamina A sejam mais altas, levando a redução dos estoques no organismo e desencadeando ou agravando o estado nutricional.   
Principais fontes alimentares de vitamina A:
A vitamina A pré-formada (retinol) ("pronta para ser usada pelo organismo") é encontrada em alimentos de origem animal: vísceras (principalmente fígado), gemas de ovos e leite integral e seus derivados (manteiga e queijo).   

Os vegetais são fontes de vitamina A sob a forma de carotenóides (precursores de vitamina) os quais, no organismose converterão em vitamina A. Em geral, frutas e legumes amarelos e alaranjados e vegetais verde-escuros são ricos em carotenóides: manga, mamão, cajá, caju maduro, goiaba vermelha, abóbora/jerimum, cenoura, acelga espinafre, chicória, couve, salsa etc.... Alguns frutos de palmeira e seus óleos também são muito ricos em vitamina A: dendê, buriti, pequi, pupunha, tucumã.


Recomendações dietéticas de Vitamina A (segundo RDA)
Estágio de VidaIdadeRecomendação (retinol)
Bebês0 a 1 ano375 µg
Crianças1 a 3 anos400 µg
4 a 6 anos500 µg
7 a 10 anos700 µg
Homens > 11 anos1.000 µg
Mulheres > 11 anos1.000 µg
LactantesPimeiros 6 meses1.300 µg
Segundos 6 meses1.200 µg
RDA, 1989.
*Conversão da Unidade de Medida do Retinol
 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Saiba qual a importância do Teste de Coombs durante a gestação

O teste de Coombs indireto e direto são exames realizados para avaliar o fator Rh. Se Fator Rh da gestante for negativo faz-se o exame de Teste de Coombs para determinar se algum momento a mãe produz anticorpos contra o feto.

Funciona assim, quando o Rh da mamãe é negativo e o do pai positivo, o bebê pode 'puxar’ tanto a mãe como o pai, pois o fator Rh é transmitido geneticamente. Caso o bebê nasça com o Rh positivo, durante o parto, quando o sangue da mãe entra em contato com o sangue do bebê, o sangue da mãe ‘reconhece’ que aquele sangue não é o mesmo que o seu. É como se ele se 'armasse' contra aquele sangue, ou seja, está sensibilizado com outro tipo de sangue.

Nesse caso, o sistema imunológico materno pode produzir anticorpos contra as hemácias fetais, que transmitidos através da placenta, podem causar a grave patologia denominada doença hemolítica por incompatibilidade Rh, caracterizada pela destruição das hemácias fetais e do recém-nascido, resultando em anemia grave e morte do feto nas próximas gestações.

Até 48 horas após o parto a mãe deverá tomar uma "vacina" que impede esta sensibilização do sistema imunológico materno. Desse modo, previne-se para que na próxima gestação, caso tenha novamente outro filho com fator Rh positivo, o seu sangue não ‘reconheça’ este tipo de sangue. Caso a mãe não tome a vacina o sangue continuará sensibilizado e poderá produzir anticorpos contra o feto provocando o aborto nas futuras gestações. Como é o caso de algumas mulheres que têm abortos consecutivos durante várias tentativas de ter um bebê.


Riscos de Sensibilização

O ginecologista obstetra dr. Cássio Rubens Ramalho ressalta que se em algum momento a mamãe foi sensibilizada de outras maneiras, como: acidentes ocorridos antes da gestação, onde a mulher poderá ter necessitado de uma transfusão de sangue e ter recebido o sangue com fator Rh positivo ou em abortos anteriores, onde não foi identificado o tipo de sangue do feto e não foi aplicada a vacina, isto implicará em gravidezes sem sucesso, devido a uma prévia sensibilização.

Por isso as mulheres - com fator Rh negativo – que desejam engravidar e já passaram por algumas destas situações devem fazer o teste de Coombs indireto. Caso o teste de Coombs for positivo, isto indica sensibilização ao fator Rh positivo. Nesse caso, ter filho de parceiro Rh positivo é arriscado. Por outro lado, se o pai da criança for Rh-, não existe perigo nenhum.