segunda-feira, 12 de novembro de 2012

 
Vitamina A Mais - Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A - é um programa do Ministério da Saúde, com apoio dos Estados, que busca reduzir e erradicar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de seis a cinqüenta e nove meses de idade e mulheres no pós - parto imediato (antes da alta hospitalar), residentes em regiões consideradas de risco. No Brasil, são consideradas áreas de risco a região Nordeste, Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais e Vale do Ribeira em São Paulo.  
Dentre as medidas de prevenção da deficiência da Vitamina A, destacam-se:
- Promoção do aleitamento materno exclusivo até o 6º mês e complementar até 2 anos de idade, pelo menos;
- Garantia da suplementação periódica e regular das crianças de 6 a 59 meses de idade, com doses maciças de vitamina A distribuídas pelo Ministério da Saúde;
- Garantia da suplementação com megadoses de vitamina A para puérperas no pós - parto imediato, antes da alta hospitalar e;
- Promoção da alimentação saudável , assegurando informações para incentivar o consumo de alimentos ricos em vitamina A pela população.  
Os objetivos do programa são:
- Garantir a eliminação da deficiência de vitamina A como um problema de saúde pública em áreas de risco no Brasil;
- Assegurar a suplementação com doses maciças de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós - parto imediato (antes da alta hospitalar), residentes nas áreas de risco;
- Contribuir para o conhecimento das famílias residentes em áreas de risco sobre a deficiência de vitamina A, incentivando o aumento do consumo de alimentos ricos em vitamina A;
- Estabelecer um sistema de monitoramento que permita a avaliação do processo e impacto da suplementação.  
A vitamina A é um micronutriente que pode ser encontrado em alimentos de origem animal (leite materno, leite integral, fígado), frutas e legumes de cor amarelo - alaranjado (manga, mamão, cenoura e abóbora), verduras verde-escuras (caruru, bertalha, couve), além de óleos e frutas oleaginosas (buriti, pupunha, dendê e pequi).Nos vegetais e nas frutas, a substância chamada carotenóide, é transformada em vitamina A no organismo humano.  
Todas as pessoas necessitam de vitamina A para proteger sua saúde e visão. Porém, alguns grupos populacionais, pelas características da fase da vida em que se encontram, necessitam de atenção especial porque são mais vulneráveis à deficiência de vitamina A:
- As mulheres que amamentam (puérperas) necessitam de mais vitamina A para manter a sua saúde e também para garantir que o leite materno tenha um conteúdo adequado do nutriente para atender às necessidades do bebê;
- Crianças que passam a receber outros alimentos, além do leite materno, a partir do 6º mês, precisam de quantidades adequadas da vitamina, pois ela é essencial para o crescimento e desenvolvimento saudáveis.  
A vitamina A ajude a proteger nossa saúde e visão de diversas maneiras:
- Reduz a gravidade das infecções: a vitamina A ajuda a diminuir a gravidade de muitas infecções, tais como diarréia e infecções respiratórias, possibilitando uma recuperação mais rápida;
- Aumenta as chances de sobrevivência: crianças que recebem a vitamina A têm maior probabilidade de sobreviver a uma infecção;
- Crescimento: a Vitamina A é necessária para o processo de crescimento. Especialmente para as crianças, que crescem rapidamente, e para as mulheres grávidas, para permitir o crescimento do feto;
- Visão e olhos: a Vitamina A é vital para o bom funcionamento dos olhos. A parte transparente do olho, a córnea, através da qual vemos, é protegida pela vitamina A. A falta desta vitamina pode gerar dificuldades de se enxergar em lugares com luz fraca, causar alterações oculares levando até mesmo à cegueira total.  
 
O que é a deficiência de vitamina A:
O corpo não pode fabricar vitamina A. Portanto, toda a vitamina A de que necessitamos deve provir dos alimentos. O corpo pode armazenar vitamina A no fígado, garantindo uma reserva do micronutriente, que o corpo vai utilizando na medida de sua necessidade. Se essa reserva está reduzida e não ingerimos alimentos que contêm vitamina A suficiente para satisfazer as necessidades nutricionais do nosso corpo, ocorre a deficiência de vitamina A.
Alguns fatores merecem investigação, pois podem evidenciar a deficiência da vitamina:

- Criança com dificuldade para enxergar à noite (cegueira noturna);
- Presença de alguma alteração ocular sugestiva de xeroftalmia;
- Ocorrência frequente de diarréia e infecção respiratória;
- Crianças com desnutrição energético-proteica.   
O diagnóstico da Deficiência de Vitamina A só pode ser confirmado por profissionais de saúde pois muitos dos sinais são comuns a outras doenças como pele seca e fadiga, embora outros sejam mais característicos da Hipovitaminose A:

- Um dos epitélios severamente afetado é o do revestimento ocular, levando à xeroftalmia. A xeroftalmia é o nome genérico dado aos diversos sinais e sintomas oculares da hipovitaminose A. A forma clínica mais precoce da xeroftalmia é a cegueira noturna onde a criança não consegue boa adaptação visual em ambientes pouco iluminados; manifestações mais acentuadas da xeroftalmia são a mancha de Bitot, normalmente localizada na parte exposta da conjuntiva, e a xerose; nos estágios mais avançados a córnea também está afetada constituindo a xerose corneal, caracterizada pela perda do brilho assumindo aspecto granular, e ulceração da córnea; a ulceração progressiva ode levar à necrose e destruição do globo ocular provocando a cegueira irreversível, o que é chamado de ceratomalácia.
- Infecções frequentes podem indicar carência, pois a falta de Vitamina A reduz a capacidade do organismo de se defender das doenças.   
A deficiência de Vitamina A pode ser causada por:

- Falta de amamentação ou desmame precoce: o leite materno é rico em vitamina A e é o alimento ideal para crianças até seis meses de idade;
- Consumo insuficiente de alimentos ricos em vitamina A;
- Consumo insuficiente de alimentos que contêm gordura: o organismo humano necessita de uma quantidade de gordura proveniente dos alimentos para manter diversas funções essenciais ao seu bom funcionamento. Uma delas é permitir a absorção de algumas vitaminas, chamadas lipossolúveis (Vitaminas A, D, E e K);
- Infecções frequentes: as infecções que acometem as crianças levam a uma diminuição do apetite: a criança passa a ingerir menos alimentos podendo surgir uma deficiência de Vitamina A. Além disso, a infecção fazcom que as necessidades orgânicas de Vitamina A sejam mais altas, levando a redução dos estoques no organismo e desencadeando ou agravando o estado nutricional.   
Principais fontes alimentares de vitamina A:
A vitamina A pré-formada (retinol) ("pronta para ser usada pelo organismo") é encontrada em alimentos de origem animal: vísceras (principalmente fígado), gemas de ovos e leite integral e seus derivados (manteiga e queijo).   

Os vegetais são fontes de vitamina A sob a forma de carotenóides (precursores de vitamina) os quais, no organismose converterão em vitamina A. Em geral, frutas e legumes amarelos e alaranjados e vegetais verde-escuros são ricos em carotenóides: manga, mamão, cajá, caju maduro, goiaba vermelha, abóbora/jerimum, cenoura, acelga espinafre, chicória, couve, salsa etc.... Alguns frutos de palmeira e seus óleos também são muito ricos em vitamina A: dendê, buriti, pequi, pupunha, tucumã.


Recomendações dietéticas de Vitamina A (segundo RDA)
Estágio de VidaIdadeRecomendação (retinol)
Bebês0 a 1 ano375 µg
Crianças1 a 3 anos400 µg
4 a 6 anos500 µg
7 a 10 anos700 µg
Homens > 11 anos1.000 µg
Mulheres > 11 anos1.000 µg
LactantesPimeiros 6 meses1.300 µg
Segundos 6 meses1.200 µg
RDA, 1989.
*Conversão da Unidade de Medida do Retinol
 

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