sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Amamentação X Emagrecimento.

 
A pedidos vai aqui uma matéria sobre amamentação X emagrecimento.

Dicas de como perder peso pós-parto.

Após o parto a perda de peso começa naturalmente, depois você precisa ajudar!
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Os principais fatores determinantes para o aumento de peso durante a gestação estão associados ao estilo de vida no período pré e pós-parto.

O período pós-parto também chamado de puerpério, dura em torno de seis a oito semanas e só termina com o retorno das menstruações. Esse é um momento de mudanças físicas, fisiológicas e psíquicas.

Para a mulher que acabou de ganhar neném voltar ao peso que tinha antes de engravidar, é preciso manter uma alimentação equilibrada e ao mesmo tempo garantir a qualidade da amamentação.
 A dieta pós-parto

A alimentação depois do parto normal pode ser feita normalmente após o término dos efeitos da anestesia com a alimentação liberada pelo hospital. Já no parto cesárea, a alimentação deverá ser iniciada gradualmente após seis horas e deve ser de fácil digestão, equilibrada em nutrientes e fibras para favorecer o funcionamento do intestino e a adequada produção de leite.

O peso corporal no pós-parto
Ao amamentar, além de seguir uma alimentação saudável, é possível perder de dois a quatro quilos em um mês sem comprometer a produção de leite e consequentemente, o crescimento e desenvolvimento do bebê. Porém, se a mulher ganhou mais de 12 kg durante a gestação será mais demorado voltar à boa forma.

A relação entre lactação (amamentação) e mudanças na composição corporal da mulher existe. Para a mulher que amamenta é necessário consumir uma quantidade adicional de aproximadamente 600 calorias e de 16g de proteína. Porém no pós-parto, quando o organismo da mulher está preparado para lactar, nem sempre ela consome a quantidade necessária de calorias para produzir o leite que o bebê ingere. Se estiver amamentando, o organismo irá retirar aquela reserva acumulada para fabricar o leite materno. Se a amamentação for exclusiva (por seis meses) conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS), a perda de peso da mãe será mais rápida.

Portanto se a mãe parar de amamentar precocemente vai acabar conservando as calorias que seriam usadas para fabricar leite materno, e então, demorará mais tempo para voltar ao peso pré-gestacional.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Toxicidade do Oxigênio

A oxigenioterapia é parte integrante do tratamento de todo paciente com insuficiência respiratória aguda, mas é importante lembrar que a oferta de oxigênio suplementar excessiva ou inadequada pode ser deletéria não só para o pulmão como também para outros órgãos do organismo.
Na faculdade, aprendemos o perigo de altas concentrações de O2, especialmente em pacientes com retenção crônica de CO2 (como os DPOCs), e também o risco de atelectasias por absorção (pela “lavagem” do nitrogênio dos alvéolos). Mas na postagem de hoje eu vou abordar os efeitos citotóxicos de altas concentrações de oxigênio, porém sem entrar naqueles detalhes bioquímicos de difícil entendimento e de reconhecido poder sonífero.
FISIOPATOLOGIA DA TOXICIDADE DO OXIGÊNIO
De acordo com estudos em seres humanos e animais, concentrações elevadas de oxigênio inspirado podem causar uma variedade de lesões pulmonares, que vão desde traqueobronquite até lesões alveolares difusas. Embora o mecanismo exato de toxicidade do O2 não seja plenamente conhecido, sabe-se que as reações de radicais livres de oxigênio podem romper a membrana lipoprotéica, destruir as funções enzimáticas celulares, alterar o DNA e conduzir à morte celular (radicais livres são moléculas que apresentam elétrons não pareados em sua órbita externa, e que são capazes de reagir com outras moléculas contra as quais colidem, retirando elétrons destas substâncias e modificando suas estruturas moleculares).

O tecido pulmonar é particularmente sucetível à lesões mediadas por radicais livres de O2, pois está exposto às maiores concentrações de oxigênio de todo o corpo, colocando as células que formam os alvéolos e a camada externa da árvore traqueobrônquica em maior risco de sofrerem com a toxicidade do O2. Em condições de hiperóxia (como acontece quando é ofertada uma alta concentração de O2), existe uma produção gigantesca de radicais livres, os quais danificam não só as células epiteliais e endoteliais alveolares, mas também o próprio surfactante. (lembrando que o surfactante pulmonar é 90% lipídeos). Como resultado vamos ter lesão da parede alveolar, gerando edema e resposta inflamatória. A transudacão de proteínas plasmáticas e células inflamatórias agravam ainda mais a lesão do surfactante extracelular.

Pacientes tratados com uma FiO2 de 0,9 durante seis horas apresentam eritema e edema das vias aéreas de grande calibre (alterações observadas via broncoscópio). Além disso, a concentração de radicais livres de O2 no ar exalado aumenta, depois de apenas uma hora de respiração a 28% de O2, independentemente da presença de doença pulmonar subjacente.

Além desse, existem vários trabalhos com ratinhos (pobres ratinhos, sempre eles que se dão mal) demonstrando os efeitos nocivos causados por altas frações de O2 inspirado.


RECOMENDAÇÕES
Entenda que o oxigênio é um medicamento, e como tal deve ser prescrito e dosado adequadamente. Pouco O2 pode não ter efeito e O2 demais pode causar iatrogenia.

O paciente NÃO PRECISA E NEM DEVE ficar saturando a 100%. Isso pode até tranquilizar a equipe, mas é algo que definitivamente não é benéfico.

Curva de dissociação da oxihemoglobina.
Fonte: Currie, G. P et al. BMJ 2006;333:34-36

Não há limite mínimo e nem máximo de FiO2 para prevenção de toxicidade do oxigênio. Portanto, é prudente reduzir o FiO2 para o mais baixo limite tolerável é um bom princípio para todos os pacientes. Em termos práticos, deve ser ofertado oxigênio suficiente para atingir uma saturação de O2 de 90-93%, o que corresponde a uma PaO2 de 60 a 65 mmHg. (acima da parte ascendente da curva de dissociação da hemoglobina (veja abaixo). Mas o julgamento clínico deve ser usado na seleção de uma saturação de oxigênio alvo para cada paciente (por exemplo, pacientes com doença arterial coronariana ou hipertensão pulmonar podem exigir uma saturação maior)

Estratégias para maximizar a oxigenação e reduzir a FiO2 (por exemplo, a diurese, higiene broncopulmonar, posição prona, óxido nítrico, as manobras de recrutamento e / ou PEEP ideal) devem ser consideradas reduzir o risco de toxicidade de oxigênio.

Os autores do artigo sobre toxicidade do O2 no site “up to date”, informam que utilizam estas estratégias em pacientes que necessitem de uma fração inspirada de O2 maior do que 60% por mais de seis horas.

Referências
http://www.jped.com.br/conteudo/98-74-02-91/port_print.htm

domingo, 5 de agosto de 2012

APARELHO REPRODUTOR FEMININO

Composição: ovários (2); tubas uterinas ou de Falópio (2); útero (1); vagina (1) e genitália externa.
Obs.
Menarca = aparecimento da primeira menstruação.
Menopausa = final do período fértil feminino.


Abaixo observe a pelve feminina.

Ovário:
- Forma de amêndoa.
- Possui 2 regiões (não observa-se limites):
- Região medular: vasos + tecido conjuntivo frouxo.
- Região cortical: folículos funcionais + ovócitos.
Estroma da camada cortical = tecido conjuntivo (fibroblastos).
Superfície do ovário: formada por um epitélio simples cúbico.
Sobre esse epitélio da superfície do ovário, o tecido conjuntivo forma uma “capa” = albugínea do ovário (esbranquiçada).
- Crescimento dos folículos:
- Folículos primordiais tornam-se primários, secundários e maduros (de Graaf).
- A maioria sofrerá atresia.
a) Folículos primordiais: consta de um ovócito primário, envolvido por células foliculares.
b) Folículos em crescimento: até a puberdade todos estes folículos sofrem atresia. A maturação depende de hormônios: estrógeno e hCG.
- Observa-se a zona pelúcida: película glicoprotéica envolvendo o ovócito.
- Estroma modifica-se dando origem às tecas foliculares (interna – produtora de estrógeno e externa).
- A medida que o folículo cresce, surgem acúmulos de líquido entre as células formando uma cavidade única = antro folicular.
- Células da camada granulosa (originadas pelo crescimento das células foliculares) tornam-se mais numerosas em determinadas regiões = cúmulus oophorus.

c) Folículos Maduros ou de Graaf:
- Devido ao acúmulo de líquido, há aumento da cavidade folicular, ficando o ovócito preso à parede do folículo por um pedículo.
- Células foliculares da primeira camada, em contato com a zona pelúcida forma a corona radiata.

Observe abaixo o desenvolvimento dos folículos no ovário humano.



Ovulação:
- Ruptura do folículo maduro com liberação do ovócito para a tuba uterina.
- Apenas 1 ovócito é liberado pelo ovário de cada vez.
- A ovulação ocorre no meio do ciclo menstrual, em torno do 14º dia (considerando-se um ciclo de 28 dias).
- Estímulo para essa liberação é o aumento de LH (secretado pela adeno-hipófise).
- Após o pico de LH na corrente sangüínea há aumento do fluxo sangüíneo no ovário formando um edema. Ocorre degradação do colágeno, isquemia (devido à pressão do folículo) e a morte de algumas células causando o enfraquecimento da parede externa do folículo. Aumento da pressão no interior do antro = ovulação.
- Ovócito é conduzido pelo interior da tuba na direção do útero.
- A maioria dos folículos ovarianos sofrem atresia folicular. Esta atresia pode ocorrer em qualquer fase da vida.
- O ovócito origina-se de células do endoderma do saco vitelínico.
- Estes ovócitos são formados na vida intra-uterina, não aumentando, em quantidade, após o nascimento.
- Esquema da gametogênese feminina (ovulogênese):



No caso da gravidez:
Ocorrerá fecundação no 14º dia.
Forma-se a placenta que secreta hCG mantendo assim o corpo lúteo (ao invés de suspender a produção de progesterona haverá sua produção por mais 3 meses).
Após 3 meses de gravidez, a placenta passará a produzir progesterona II não mais dependente do ovário.
Tuba uterina:
- Oviduto de grande mobilidade.
- Parede muscular, mucosa (epitélio simples prismático) e serosa.
- Produz uma secreção que auxilia aos espermatozóides.

Obs. Gravidez ectópica tubária = quando ocorre instalação do óvulo na tuba e não no útero.
Útero:
- Possui forma de pêra.
- Sua porção mais dilatada = corpo.
- Possui 3 túnicas:
- Serosa ou Adventícia (conjuntivo + mesotélio).
- Miométrio (muscular).
- Endométrio (mucosa).

Obs. Na gravidez há um intenso aumento da camada muscular (miométrio).
Observe o útero humano. Nas setas as glândulas uterinas.



Placenta:
- Órgão de transição responsável por trocas fisiológicas entre mãe e embrião.
- Único órgão formado por células de 2 indivíduos.
- Comunica-se com o embrião através do cordão umbilical.
- Órgão endócrino.

Obs. Produz HCS (Human-chorionic-somatomammotrophin) = somatomamotrofina coriônica humana possuidora de função lactogênica e de crescimento.
Vagina:
- Possui 3 camadas:
- Mucosa;
- Muscular;
- Adventícia.
- pH ácido.
- Grande quantidade de músculo liso.


Genitália Externa:
- Vulva:
- Vestíbulo (abertura exterior);
- Clitóris (pênis rudimentar);
- Pequenos lábios;
- Grandes lábios.

Glândula Mamária:
- Glândula exócrina.
- Colostro = primeira amamentação após o parto.
- Mamilo possui receptores táteis que estimulam a oxitocina e estimula o reflexo ejetor de leite.